Crianças passam mais tempo na internet
- Kesia Melo
- 30 de nov. de 2015
- 3 min de leitura
Ainda no começo do século XXI já é possivel notar que as mudanças ocorridas no cotidiano das crianças são enormes, ainda mais se comparado com o fim do século passado, nota-se que o tempo que elas gastam com equipamentos eletronicos é maior que gosto em atividades fisicas.
Há 20 anos, não era comum que crianças de 5 anos trocassem uma brincadeira na rua com os amigos por um jogo online, ate porque um computador e a internet ainda não era disponivel para todos. Hoje é ate comum ver uma criança que aos 10 anos tenha perfil em alguma rede social.
Segundo uma pesquisa publicada pelo IBOPE- Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística, em maio de 2012 mostra que as crianças brasileiras passam mais tempo na internet do que as crianças de qualquer outro país.
Uma outra pesquisa feita pela empresa de segurança online Trend Micro em 2011, apontou que as pessoas do Brasil são os que entram mais jovens em contato com as redes Sociais, e que os pais são menos rígidos com relação à exposição dos filhos.
Mas apesar desses dados serem alarmantes os índices tendem a aumentar, dados divulgados no inicio de 2014 por uma outra empresa de cibersegurança, a AVG, afirmam que 97 % das crianças entre 6 e 9 anos, filhas de pai ou mãe que acessa a internet, já estão conectadas a rede. Além disso, mais da metade dessas crianças já estão conectadas ao Facebook.
As redes sociais tem uma idade mínima, o facebook, por exemplo, tem estabelecida que a idade minina para criar um perfil é de 13 anos para seus usuários, mas apesar da recomendação, são os pais quem criam os perfis do filhos.
Entretanto, , muitas crianças mentem a idade para criar uma conta na rede. Diante disso, os pais, que têm a responsabilidade sobre os filhos, devem fiscalizá-los, sem invadir sua privacidade. No Brasil não existe uma lei que proíba a divulgação de fotos dos familiares menores de 18 anos, mas é preciso saber discernir o que pode e o que não pode ser divulgado na internet.
Segundo a psicóloga Vânia do Nascimento Sampaio, com a correria do dia a dia muitos pais acabam usando a televisão e o computador para distrair seus filhos. Permitir que a criança passe muito tempo jogando, vendo vídeos, ou nas redes sociais pode desestimulá-la a buscar outras formas de diversão, e acabar levando ao sedentarismo.
Além disso, a psicóloga garante que é de fundamental importância acompanhar o que a criança acessa, não só monitorando, mas fazendo o possível para participar, ensinando, aconselhando, e também estimulando a cria
nça a desenvolver outras atividades.
Adriana Pereira, de 35 anos, diz que monitora de perto o que a filha Ana Sarah, de 3 anos, faz no computador. A pequena ainda não usa a internet sozinha, mas desde os 2 anos adora assistir desenhos e novelas no computador, que já sabe ligar sozinha. A mãe se preocupa em controlar o tempo que a filha passa na frente do computador, e afirma não permitir que ela o faça sempre que quer.
Segundo a pedagoga Lílian Marques, “Qualquer mídia, pode sim ajudar no desenvolvimento da criança quando é utilizada com consciência. As pessoas hoje, incluindo as crianças, estão sendo bombardeados com a tecnologia e informações, cabe aos pais buscar formas de usar esses meios como ferramenta de aprendizado. Determinados jogos são importantes para o desenvolvimento lógico-matemático, e a internet traz coisas boas e ruins, é preciso ter um senso do que é prejudicial ou não”.
A psicóloga Vânia do Nascimento afirma que 'é preciso equilibrar o tempo que as crianças passam online, com outras atividade'.
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