Plano de emergência será ampliado
- Fábio Eustáquio
- 10 de nov. de 2015
- 2 min de leitura
Após a chegada da lama da barragem de Fundão ao rio Doce no último domingo, o abastecimento de água em Valadares que já estava comprometido devido ao nível baixo do rio, piorou consideravelmente. O Saae parou de captar água do rio Doce e agora as autoridades da cidade buscam soluções.
De acordo com a prefeita de Valadares, Elisa Costa, o plano de emergência já está sendo executado mas vai ter que ser ampliado. "Já temos 21 caminhões-pipa que foram buscar água em Ipatinga e Frei Inocêncio. Essa água será para as prioridades, como hospitais e escolas públicas. A situação se agravou e pedimos à população que tenha solidariedade. A nossa luta neste momento é para evitar o desabastecimento. Não é uma tarefa fácil e nem será", disse.
A prefeita Elisa Costa enfatizou que a responsabilidade é da mineradora Samarco, e que o governo está solicitando indenização e ações para a recuperação do rio Doce. "Ela é responsável por tudo que está acontecendo na cidade e na bacia do rio Doce. A empresa já esteve conosco, tem feito acompanhamento, mas vamos mudar o plano para atender a comunidade de Valadares".
Já o diretor do Saae, Omir Quintino, revelou que ainda não será necessário suspender as aulas nas escolas. "Para atender a população com o mínimo de água, precisamos de 300 caminhões-pipas. Quanto às escolas, chegou a ser pensada a suspensão das aulas, mas as 25 mil crianças ainda conseguem comer e tomar banho", salientou. O diretor ainda afirmou que a Samarco terá que resolver outras questões. "Para que ela auxilie nessa alternativa urgente. Não sabemos quanto tempo dura, se temos que fazer barragem de contenção de água no Suaçuí Pequeno e no Grande, se temos que furar a cidade para encontrar água. Entendemos que a Samarco que tem que fazer isso", finalizou.

Caminhão-pipa faz parte do plano de emergência
Foto: Fábio Eustáquio
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